Parece que nevou...

Ontem algures numa dessas terras, parecida ou quem sabe igual a Boavista perto de Torres plantada a beira da nacional 8-2, as 11 da manhã do dia de ontem do nosso senhor o vento turvo e a chuva miúda dá lugar aquele fenómeno que é a neve.

Numa dessas casas da tal aldeia o Senhor Manual da Costa Carvalhal Feijão diz "Oh filha anda cá fora que está a nevar" a sua senhora, Dona Miquelina João José Maria Feijão, agora com 55 anos em que a altura é triplo da idade e o peso é dado por 2/3 da altura aparentaria menos idade se os 3 filhos que teve lhe comessem a juventude, responde automaticamente "Filha da puta do tempo que não me vai deixar enxugar as cuecas, óh Manél na fiques ai a olhar vai me apanhar a roupa que eu agora estou a tratar do comer". Pouco alheios ao facto de nevar por estas bandas não ser muito normal a vida continua, pouco sabendo sequer o que é uma vaga de vento polar e a causa do mesmo, o degelo...

Pelo menos já crescem abacates no meu quintal, e ainda ontem apanhei um peixe tropical enquanto pescava num lago aqui perto... mas como já sei como isto funciona, quando tivermos a morrer aos milhões as pessoas lá repararam que nevar por aqui não é lá muito normal.

Se todos os desejos se realizassem...

Com certeza já vos passou pela cabeça que bom que seria se todos os nossos desejos se realizassem mas eu venho aqui dizer que isso seria uma coisa má! Do pior mesmo, coisa para depois se desejar que todos os desejos não se realizassem (mas ai voltávamos ao inicio, portanto todos se realizavam menos este).

Imagine meu caro leitor, estava o senhor no conforto do lar a fazer um qualquer trabalho manual quando sem querer entala o dedo ao fechar a gaveta, o que é que o senhor diz no momento de agonia e dor, pois é, solta um "CARALHOS MA FODÃO" e é exactamente nesse momento entra pela sua porta da cozinha a corporação de bombeiros voluntarioso do Senegal agarram no senhor e realizam-lhe ali magnificamente o seu desejo enquanto a sua sogra, que por acaso tinha desejado acabar com o seu casamento e estar presente no momento em que isso acontecesse, passa por ali com umas pipocas... Aparece o filho do seu vizinho para filmar aquilo que seria durante anos seguidos o clip mais visto do youtube. Mais tarde a sua filha desce as escadas e ao ver aquele negro desdentado abraçado a si apaixona-se por ele, pois avia desejado casar-se com alguém que agradasse ao pai.

Para acabar a sua mulher loira linda olhos verdes com tudo no sitio, afinal assim você o tinha desejado, foge para o Senegal com o capitão da corporação...

O muro das lamentações

Mentimo-nos a nós próprios, embarcamos numa guerra santa que sabemos estar errada perdida mesmo à partida, amamos sem ser amados, construimos a nossa casa em bancos de areia e tudo isto acreditando piamente que iremos vencer, mudar o imutável e todas essas coisas mais.

Que coisa é esta que nos torna cegos enquanto vemos melhor do que nunca, continuamos dia apôs dia a remendar a ferida nunca notando que ela apenas aumenta até que num dia sem darmos por isso a chaga rebenta vemos a nossa vida a acabar o nosso mundo desaba, choramos como desalmados arrependemo-nos de nossas tristes decisões ficamos sem forças para acordar de um sonho tornado pesadelo e deixamo-nos arrastar pelo mar das lamentações. Resultados de actos falhados, todos amaldiçoados.

Pagamos caro por nossos erros, sejam eles grandes ou pequenos, fujam deles como se do homem da foice se tratasse, não aprendemos nada ao errar mas sim ao evitarmos falhar.

33 Euros

Tenho 33 euros no bolso, poderia alimentar durante um longo mês uma criança em África, tenho vontade de comprar um livro qualquer, investir para a minha biblioteca, acho que vou guarda los para comprar o passe para não ter de ir de carro para os exames.

Duas notas, uma azulada e a outra de uma cor avermelhada, duas moedas de cor inversa e de tamanhos diferentes, porque é que tais coisas tem valor? Não as posso comer, não me dão prazer, nem se quer me podem ensinar a viver. Podem elas trazer-me a felicidade ou o próprio Amor, ajudarão elas a proteger-me de uma qualquer doença que me afecte a o corpo ou a mente, é verdade que podem facilitar o caminho até lá mas podem comprar aquilo que é realmente necessário.

Claro que com 33 euros não poderia escrever o que escrevo, não estaria onde estou… então que valor têm estes pedaços de papel e estes pesos metálicos? Provavelmente nenhum…

Secundaria Henriques Nogueira

Recordo com saudade aqueles dias em que era mais puto do que sou agora, velhos tempos em que passava o intervalo das 6 a contar anedotas, ai a Hortense, já passou...

Jogávamos as cartas toda a tarde, faltávamos as aulas terças vir para Lx ao cinema, dormia até tarde chegava sempre tarde no fundo era um rebelde, queria ser um fixe quando na verdade nunca o fui, nunca fui namoradeiro embora pensa-se nas meninas mais do que nunca, nunca mais falei com a Joana nem com a Inês, também não guardo saudades àquelas putas!
Aquelas aulas de matemática eram simplesmente maravilhosas, "Oh Ricardo tu realmente até tens umas ideias engraçadas pena não perceberes nada disto", guardo a prof "Viegas" junto ao peito... Pergunto-me o que é feito dos meus amigos que simplesmente desapareceram, que será feito do Vasco terá finalmente aprendido a raciocinar como um ser Humano, terá realmente o Coelho deixado a escola para se tornar campeão do olho do cu, continuaram as 4 gémias inseparáveis, será que o Ruben (ou Rubem como lhe chamava a proff de história) seguiu a via católica e tornou-se padre?
Sobraram-me felizmente ainda alguns bons amigos do secundário... eles sabem quem são.

De vez enquanto, mas cada vez mais raramente, ainda me arriscava por aqueles corredores da nostalgia, mas já não encontrava quem eu procurava, apenas as continuas se lembravam que eu já por ali tinha passado, a escola mudou já não era a minha...


Dizem que somos a soma de todas as nossas partes, tudo o que fazemos nos leva apenas a um sitio... se fosse possível mudar o passado, sem duvida deixaria tudo como estava.

Posso-te conhecer...

Todos nos já fomos abordados por uma menina simpática, provavelmente baixota, que se aproxima de nós em passinhos mansos e com um ar tímido babulcia algo do género: "Posso-te conhecer?"

Quem nunca passou pela experiência pode parar de ler por aqui e ir chorar para um canto virado para a parede e repetir em voz babulciante "sou feio, sou extremamente feio" porque é mesmo isso, já está? Vamos lá continuar.

Continuando.

Quando a miúda é feia a coisa é simples, uma pessoa mede o nível de desespero adiciona a probabilidade da Rute ir na conversa e sair contigo divide pela pinta que um gajo tem (a real, não a que achas que tens) e se a coisa der inferior a 30% 20% um gajo diz qualquer coisa do género como "ug blag ugra", se a menina tiver tudo no sitio pode-se esquecer as contas e ai diz-se algo como "ug blag ugra" e insiste-se de novo após se recuperar do choque e ai uma pessoa dirá (olhando para as manas, afinal a menina era "baixota") "ug blag arg blug", dizem que uma boa forma de dicção e considerado um atractivo mas isso é águas contadas, continuando a olhar para as elevações do peito do ser à vossa frente geralmente o próximo passo é pensar "que mongo que eu sou" e depois ou ela vos acha um mongo simpatico e sorri ou um tosco matarruano e basa desiludida da vida mas isso já é outra história.

Refresh, rock and reload...

Ora morreu o tal do meu primo mais crido, dizem que foi enforcado, mas eu cá não acredito muito , aquilo era claramente um sosia... tanto alarido e nem passaram um directosito na tvi bah! Passou-se mais um ano sem eu frequentar as tais aulas de português que tanto voces me tem recomendado, mas para me redimir assisto regularmente o "bom português" para aprender a escrever as palavras dificies, sejam elas caiz forem, pior é que é tudo facil nesta terra, ainda ontem os gajos lá da fabrica de automoveis tinham emprego e agora foram a maior parte com o ... com o... kroll (sim a nadar de costas na merda profunda) , diga-se a verdade que não sinto grande pena, alguma revolta, mas eu também não empregava aquela cambada de velhos...

Verdade é que nem tudo são coisas más... o papa esteve cá.