Isto começa cedo, provavelmente numa segunda-feira, em que eu na tenho aulas.
Acordo por volta das onze, olho para o meu quarto perfeitamente desarrumado, em que a roupa facilmente se mistura com o chão e o pó com o resto, visto a roupa aleatoriamente, arrasto me até a casa de banho onde lavo os poucos dentes que ainda tenho e sacudo as ramelas, olho ao espelho e decido que não vale a pena fazer a barba. Desloco me já mais desperto até ao meu magnifico rover, onde traço rumo até a praça torreence para me tomar o meu pequeno-almoço, movo-me estasiado pelo roncar de uma barriga vazia e de uma noite mal passada. Estaciono o meu carro junto aos caixotes de lixo, onde o cheiro é um misto de criolina com escama de peixe podre, entro pelos vegetais, que embora com boa aparência sei que não são frescos, passo por entre a clientela que me oferece alguma resistência, passo os ciganos à conversa, os pedintes do leste, as ciganas a vender. Mudo para a secção de comida não vegetariana, carne supostamente fresca, os frangos os congelados, cada vez mais próximo do meu objectivo, as bancadas de peixe "descongelado" e finalmente a primeira bancada das bifanas e depois (aquela em que os gajos foram apanhados a enrabarem-se e depois mudou de donos)... a segunda, e finalmente o meu naco de carne de porco.
Naco este servido em pão do dia, cozinhado numa frigideira (que eu penso ter pelo menos origem extraterrestre e de alguns milhões de anos a traz) com umas duas bolas de sebo de porco, esfregadas carinhosamente de forma a limpar a borda da frigideira que provavelmente nunca sai do lume... uma mão coça o tomatinho esquerdo, a outra serve e pede a conta.
Eis que me encontro a mastigar a iguaria que faz a felicidade de qualquer namorada a procura de beijinho, instalasse a gordura nos dedos e o hálito fresco, assim como umas ovas de urso...
Mais um pequeno-almoço para campeões e um passo mais perto do enfarte do musculo cardíaco...
Não querendo continuar a catalogar pessoas...
Vou encerrar este blog...
(aldrabice da grande)
Este fim-de-semana (4 dias) em que tive um pouco de mais tempo para passear pela minha cidade natal, aquelas coisas, ir ao videoclube, chatear uns quantos amigos, ir dar uns chutes na bola, reparei acidentalmente que esta juventude, quando digo juventude estou a falar da malta com menos de 17 anos, está cada vez mais agressiva, ora vejamos a mini-saia do tipo cinto multiplicou a densidade por metro cúbico pelo menos umas 5 vezes (teorema da rata acesa), já para não falar nos moços, ora aquilo e cristas, bonés a raper, casaquinho sempre com o capuz metido, pessoal do gorro, andar hemorroidal, cabeça estranhamente projectada para a frente uns 5 centímetros fora do normal, e não esquecer o mascar da pastilha como se fosse um nervo de carne...
Pergunto-me eu... será aquilo algum recalcamento de actividades traumáticas numa adolescência precoce... talvez um rompimento do tendão devido a repetição do mesmo movimento exercito, perpucio assado... antes andavam por ai os vegans aos molhos... enfim esses nem chateavam muito e depois passou-lhes a febre, à maioria (norman tas aqui... este resistiu a passagem de moda e deu sentido a coisa...), os punks, entre outros... mas agora aparecem-me esta cambada de híbridos tenrinhos, mistura de tudo, ora deixa cá ver, "tava a coçar a micose quando me lembrei, ora o meu pai é taxista... taxismo... eu cá pra mim devia de ser um revoltado, vou ser niilista, vegetariano, talvez gótico... isto bem pensado era punk. Já sei... estes todos num!" e surge o tal energúmeno, com calcas largas, t-shirt preta, com casaco de dread (aqueles com capuz), cabelinho de punk... não é bem uma crista... é mais um mau corte, e claro o boné à repar, a pulseira com bicos, ténis de nyke, nite, neike (uma destas)... e como já disse anteriormente o andar de rabo assado com fio dental assim como se tivesse uma fraqueza no joelho, um qualquer efeito mola, certamente terá a personalidade de Orca Ninja, a mão esquerda coçar o tomatinho direito freneticamente em publico (a lá 50 tostões), a mão direita estará estranhamente pendurada e inerte...
Agora que analiso a coisa a fundo poderá ser um novo tipo de matarro... afinal como em tantas outras doenças podem ocorrer as mutações, ora vejamos, o tunning continua lá, a pita amestrada também... trágico, é assim que finalizo...
Coisas lindas, coisas fofas, tudo de borla...
Temos de tudo, drogados, bêbados, heróis da tesão do mijo, aldrabões, anti-sociais, vagabundos, trabalhadores, homens honrados, paneleiros, putas, pegas, meninas de coro...
Basta dizer que hoje e dia de visita a cadeia, está a chover a potes, mas potes com merda, cheios de merda, eu pouca ou nenhuma vontade tenho de me deslocar até caldas mas facilmente a vontade de ver alguém que afinal de tudo deu origem ao que so hoje é extremamente superior a força inércias.
Temos tudo, pornografia, droga, álcool, cola e suminho de laranja...
Aquela magnifica sensação que turva os sentidos, torna nos mais soltos, bora experimentar também, só uma outra vez, gostei tanto da primeira... mais um bocadinho só... assim sinto que consigo fazer tudo...
Há de tudo, os que choram, os que se borram, as que se mijam, as que amam...
Já vi de tudo, não sinto saudades de nada, funerais já os conto pelos dedos, idas há cadeia, ui, isso já perdi a conta, as rusgas, as promessas de que depois tudo iria mudar, tudo mentira, tudo um sonho...
Ultima oferta, os arrependidos, os que depois matam, as que odeiam, as que morrem...
Como já se devem ter apercebido, eu sou estudante universitário, frequento neste momento o belo segundo ano de Informática numa qualquer faculdade de Lisboa, o verdadeiro inferno da mangue irada, numa escala de 10 meninas para cada 150 meninos, em que das 10, 6 tem estatura baixa e mais de 60 quilos, 2 são feias como eu, das outras duas, uma e assim, e outra e boa como tudo...
Ora a gaja boa... como se podem aperceber facilmente está um pouco desenquadrada neste plano...
Sem querer induzir mas induzindo, uma gaja boa no meio de tanto gajo sedento e otário que e levar com ele assim a bruta e sem medo.
Fico com aquela duvida, tenho a impressão que toda agente já lá gastou um credito ou dois, e penso "será que quero ou não apanhar uma micose?", dou o passo e frente e passo aquela barreira invisível que me transformará certamente num machão, ou não e fico a observar estupidamente o ritual de matarrificação?
Nem sequer preciso de pensar muito, te quiero Puta...
A medida que o meu blog se vai tornando desinteressante e se vão queimando carros pela Europa e vai aumentando a xenofobia da escumalha (ó grande Nicolas Sarkozy)... e eu continuo sem grandes preocupações aparentes, sem ser "java trows noPointerExeption".
"Era queima-los todos como aos carros", "pô-los na rua", "fazer como ná'america (...) até à quinta geração","é o fim do mundo" vou ouvindo cá por casa, qualquer opinião do tipo "a culpa dos políticos que criaram verdadeiros guetos para emigrantes nos arredores de Paris por volta dos anos 80... agora queriam o que? que dos guetos saíssem formados em psicologia?" é facilmente posta de lado...
Enquanto não se procura a causa, sequer da doença e se vão fazendo sangrias por todo o mundo, infecções mais graves vão tomando parte nesta aparente anarquia, eh eh, a máfia e os traficantes de droga já proliferam em paris de novo sem que muita boa gente se aperceba. Os danos colaterais do estado caótico francês já se sentem um pouco por toda a parte até ali na Amadora já se queimão carros (ó meus amigos iniciativa, fação algo diferente, queimem, por exemplo, um lar de velhinhos).
Claro que surgirão novos focos de revolta, afinal a galinha da vizinha e melhor cá minha estará sempre presente e a lei de tailão será sempre lei...
E eu continuo sem grandes preocupações, sem ser o "noPointerFoundExeption"...
Eu sou um gajo sossegado, tímido até, gosto sem duvida de dar nas vistas sim, mas despercebidamente, mais ou menos como a Estrela Polar, esta lá, é a maior, mas ninguém lhe liga muito e ninguém sabe como se utiliza...
A Orca Ninja não é assim, supostamente até o contrario, não gosta de dar nas vistas, mas depois é tipo carraça vê-se de longe no pelo do cão, ar enérgico sempre aos pulinhos ao ponto de ser apalhaçado, a profundidade do seu ser será sempre inversamente propulsional ao tamanho do beicinho que é capaz de fazer ao primeiro sinal de negação, terá, como eu, uma opinião sobre tudo embora naturalmente descabida e ininteligível...
A sua presença estragara facilmente qualquer actividade em que esteja envolvido, arrastará sempre alguém com ele, seja trabalho, joga da bola com amigos dos outros, conversas, dias da mãe, da avô, do pai, entrada inicial do apartamento, aniversário da namorada, e finalmente casamento... reparem que a Orca ninja fará tudo isto sem se aperceber, mas tendo consciência que faz mal, apenas como aquele pensamento "se calhar ao fazer esta merda estou a fazer mal" mas fará sem medo e a chefe, acto falhado atrás de acto falhado... repetindo a proeza para confirmar se for preciso. Qualquer batalha contra o Orca Ninja será certamente um desperdício de tempo, pois como facilmente poremos concluir a Orca seja lá qual for a situação ganhará sempre e mesmo que perca será por causa das fracas condições para a partida.
Indevido extraordinário pela negativa, conhece-lo será sem dúvida das experiências mais frustrantes e desagradáveis da curta vida do leitor...
(Obrigado mano pelo belo titulo.)
